terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Até o popular Angry Birds é ferramenta de espionagem

terça-feira, 28 de janeiro de 2014 - by Isaias Santos 0


As agências de espionagem dos EUA e do Reino Unido desenvolveram capacidades para ‘coletar’ dados de usuários de smartphones através de aplicativos, a começar pelo popular jogo Angry Birds – é o que revela uma nova reportagem do britânico The Guardian, nesta segunda-feira, 27/1.

“Os dados colhidos de redes de comunicações a partir das novas gerações de apps para iPhone e Android vão desde os modelos dos aparelhos até detalhes pessoais, como idade, gênero e localização. Alguns apps, dizem os documentos, podem compartilhar as informações mais sensíveis, como orientação sexual – um dos apps envia até mesmo preferencias sexuais específicas, como se o usuário pratica swing”, diz o jornal.



A fonte são novos documentos da NSA americana e da GCHQ britânica vazados pelo ex-espião Edward Snowden. A partir dos aplicativos, as agências são capazes de coletar “grandes quantidades” de informações a partir de telefones móveis usando técnicas semelhantes de “grampos” sobre as redes móveis internacionais, sem a necessidade de que cada aparelho celular específico seja hackeado.

A NSA já investiu mais de US$ 1 bilhão no esforço específico sobre celulares. A crescente penetração dos smartphones na prática vem facilitando a espionagem, sustenta o Guardian. Um dos documentos descreve que, a partir do upload de uma fotografia tirada com smartphone para uma rede social as agências conseguem acessar “email, telefones, listas de amigos, diversos outros dados sociais, assim como a localização”.

“Um dos esforços mais sofisticados se baseia em interceptar buscas no Google Maps feitas em smartphones, usadas para então coletar um grande volume de informações sobre localizações”, descreve a reportagem. Já em 2008 um documento festejava que “isso efetivamente significa que qualquer um usando Google Maps em um smartphone está trabalhando em benefício do sistema do GCHQ”.

Outro documento detalha pontos fracos pelos quais os dados fluem das redes de telefonia móvel para a Internet, onde também são feitas interceptações. São locais tanto em redes privadas específicas ou em pontos de troca de roaming internacionais – onde são roteadas as comunicações de usuários que utilizam a transmissão de dados quando fora de seu país de origem.

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