A Microsoft já resolveu o problema da sucessão de Steve Ballmer como presidente executivo (CEO). A escolha, comenta a agência Reuters (ainda não há um comunicado oficial), recaiu sobre o indiano Satya Nadella, que é, atualmente, o responsável pela área de produtos empresariais e pelos negócios na nuvem.
A escolha de Nadella, que trabalha na Microsoft há 22 anos e foi subindo, ao longo deste tempo, as escadas hierárquicas da empresa criada por Bill Gates, põe um ponto final no complicado processo de sucessão de Steve Ballmer.
No Verão passado, Ballmer, que colaborou com Gates na criação da empresa, anunciou que deixaria o cargo no espaço de 12 meses. Iniciou-se, então, um processo de seleção de candidatos que agora termina com a indicação de Nadella. Falou-se da possibilidade de o novo CEO ser Alan Mullaly, presidente da Ford, mas este afirmou recentemente que não estava disponível para a transferência. Falou-se, também, de Stephen Elop, líder da Nokia (atualmente comprada pela Microsoft), que já foi quadro da companhia tecnológica.
A escolha acabou por recair em Satya Nadella, nascido na Índia em 1967, que começou os seus estudos no país natal e, posteriormente, nos Estados Unidos. Com formação acadêmica focada nas áreas tecnológicas, Nadella estudou também gestão de empresas antes de iniciar a sua carreira profissional na Sun Microsystems, Agora, será o segundo indiano a subir à liderança executiva de uma das mais importantes empresas dos Estados Unidos e do Mundo, assim com Indra Nooyi, a poderosa CEO da Pepsi.
Bill Gates irá se juntar à partida de Ballmer e deixará, também, o cargo de presidente não-executivo (chairman), sendo substituído por John Thompson, um gestor independente que tem boas ligações com Wall Street e que é visto como uma excelente solução pelos analistas, uma vez que irá compensar a menor dedicação de Nadella à ligação com os acionistas e investidores.
A Microsoft, que vai passar a fabricar os smartphones Nokia, atingiu um lucro de 6,5 bilhões de dólares no quarto trimestre, superando as estimativas dos analistas.
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