quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Celulares falsificados geram prejuízo de US$ 6 bi à indústria móvel

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014 - by Isaias Santos 0


A venda no mercado negro de celulares falsificados e de baixa qualidade, os chamados de sub-standards, causa perdas de US$ 6 bilhões por ano à economia mundial, revela um novo estudo global realizado pelo Mobile Manufacturers Forum (MMF), e divulgado nesta terça-feira, 04/02. “Nosso estudo estima vendas de cerca de 148 milhões de dispositivos móveis falsificados ou de baixa qualidade em 2013, por meio de sites de varejo visíveis, e muitos mais em lojas de varejo não oficiais, sites de leilão online e nos mercados negros locais", diz Michael Milligan, Secretário Geral do MMF.

"Com esses aparelhos vendidos ao consumidor final a um preço médio global de US$ 45, nossa estimativa conservadora de US$ 6 bilhões em vendas ilegais representa uma perda financeira massiva para os governos e para o setor de telefonia celular,” explica Milligan. Os telefones móveis são um dos produtos mais pirateados do mundo, e ainda há muito pouca consciência em relação aos impactos negativos desses dispositivos sobre os consumidores e as redes móveis.


"Os telefones falsificados são produzidos com materiais baratos e de baixa qualidade, contendo níveis perigosos de metais pesados, como o chumbo, e de produtos químicos, que aparecem em concentrações até 40 vezes maiores do que os padrões recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e adotados pela indústria," explica Aderbal Bonturi Pereira, Diretor do MMF para a América Latina. Além disso, os telefones falsificados executam sistemas operacionais de qualidade inferior, existindo inúmeros relatos de aplicativos fraudulentos, que recolhem e enviam dados confidenciais pessoais do usuário.

De acordo com o executivo da MMF para a América latina, os aparelhos produzidos no mercado negro- além de serem fabricados e vendidos com materiais e aplicativos de qualidade inferior àquelas exigidas pela ANATEL, não são testados e homologados em conformidade com as normas internacionais adotadas pela agência reguladora brasileira. O estudo do MMF aponta ainda que testes de laboratório em mais de 50 dispositivos falsificados revelaram que a maioria não conseguiu aprovação em testes básicos de conformidade, quando comparados aos padrões internacionais de telecomunicações para conectividade de rede, o que se traduziu em uma percentagem muito elevada de queda de chamadas para os usuários.

Dessa forma, a cobertura da rede é reduzida significativamente, na medida em que se aumenta a quantidade desses dispositivos de baixa qualidade a ela conectados, gerando “áreas de sombra” ou falhas de cobertura que somente poderiam ser corrigidas com a instalação de mais estações radio-base, podendo esse aumento do número de antenas ser da ordem de até 80%. "Os governos podem combater o problema crescente dos telefones falsificados adotando novas tecnologias já disponíveis e capazes de identificar os dispositivos falsificados de baixa qualidade em operação na rede móvel e de bloqueá-los" explica Aderbal.

O estudo do MMF, resultado de mais de um ano de trabalho de análise envolvendo as maiores marcas de telefones celulares, mostra que, apenas na Índia, as falsificações constituem mais de 20% do mercado de telefonia móvel, o que custa ao setor US$ 1,5 bilhão anual em vendas perdidas, e ao governo US$ 85 milhões em prejuízos fiscais diretos, além cerca de US$ 460 milhões em prejuízos fiscais indiretos.

Cuidados na hora da compra
As pessoas, muitas vezes sem saber, compram na internet produtos falsos ou de baixa qualidade ao tentar encontrar um preço mais barato. "Os consumidores precisam ter muito cuidado ao pesquisar na internet para a compra de um novo telefone celular, seus acessórios ou peças de reposição. A maioria das falsificações imitam o “design” e as marcas dos produtos genuínos, enganando deliberadamente o consumidor", diz Aderbal.

Alguns dos sinais que identificam os produtos falsificados:
Número IMEI - Cada telefone celular genuíno tem um número de série único para cadastrá-lo junto à rede da operadora. Falsificações e modelos não certificados costumam ter números IMEI duplicados ou inválidos;

Preço- Se o preço parece bom demais para ser verdade, então provavelmente não é verdade. É falsificado;
Má qualidade - Verifique a presença de uma impressão borrada, palavras com erros ortográficos, rótulos tortos e sinais aparentes de defeitos de fabricação;e

Nenhuma garantia. Todos os fabricantes genuínos de telefones celulares oferecem uma garantia limitada que cobre o aparelho, o software e os acessórios. Os produtos do mercado negro, não.

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